quinta-feira, 29 de maio de 2014

Cursos Raízes Culturais · Instituto de cultura africana comemora dez anos em Belém


Instituto Nangetu terá programação de sexta, 30, até 12 de junho.
Associação trabalha para garantia dos direitos dos negros no Pará.



Instituto foi criado em 1988. (Foto: Divulgação)

O Instituto Nangetu, que atua a favor da conservação e do fortalecimento da identidade da cultura tradicional de origem Bantu, comemora 10 anos de atividades com programação cultural a partir desta sexta-feira (30), em Belém. O instituto é importante de resistência do legado cultural do povo negro africano na capital paraense.

Desde que foi fundado, em 1988, são quase 30 anos de atividades que fazem do Nangetu um ambiente de debates e ações em favor dos negros, seja no cotidiano do terreiro, por meio do respeito às práticas ao culto do Nkisse Nzumbarandá, seja nas iniciativas políticas.

O Instituto Nangetu foi criado como associação com a finalidade estreitar laços de confraternização e promover o desenvolvimento socioeconômico da comunidade tradicional. Para comemorar, as atividades vão se estender até 12 de junho.

Festividade
A programação terá a Trezena de Santo Onofre, que ocorre entre os dias 31 de maio e 12 de junho, e é uma tradição que já acontece no bairro do Marco há mais de 50 anos. Desde o ano de 2011 a ladainha é comandada por um grupo de rezadores de latin popular do Terreiro Estrela Guia, no bairro da Cidade Velha, grupo já premiado no Edital Micro-Projetos Amazônia Legal pelo resgate da memória das ladainhas em latin caboclo na Amazônia.

O grupo é formado por Pai Esmael Tavares, Mãe Maria de Jesus e Cristina Tavares. Eles aprenderam praticando a ladainha nas andanças em festividades comunitárias cujo contexto é chamado de catolicismo popular, acompanhando seus pais e avós na fé de seus santos de devoção.

O encerramento fica por conta da festividade para Santo Onofre e Santo Antônio, no dia 12 de junho. Abrindo a quadra comemorativa dos santos juninos, o dia será de festa e programação extensiva no espaço do Mansu Nangetu, contando com sessão especial do Cine Nangetu e transmissão dos programas da Rádio Janela Azuelar.

Oficinas
As possibilidades da câmera e do corpo serão o ponto de partida para a imersão "Performance & Cinema Documentário de Invenção”. A ideia do encontro é possibilitar o intercâmbio de experiências em múltiplas linguagens (artes visuais, cênicas e audiovisual) entre a comunidade do terreiro e os artistas convidados Wellington Dias, do Amapá, e Renato Vallone, do Rio de Janeiro.

O intercâmbio "Performance & Cinema Documentário de Invenção” ocorrerá entre os dias 30 de maio e 1º de junho, a partir das 17 horas. Inscrições podem ser feitas via internet.

No sábado (31), o Programa Vozes da África recebe o pesquisador Antonio Domingos Braço, professor em Moçambique e doutorando da UFPA. A ideia é abrir espaço para uma roda de conversa entre ele, demais pesquisadores da Amazônia e a comunidade de terreiro. No centro do debate, as diferenças e similitudes dos traços culturais africanos que se preservaram em várias comunidades fora do continente de origem. Vozes de África, proposto pelo professor João Simões da Faculdade de Ciências Sociais da UFPA, tem transmissão ao vivo pela webTV Azuelar pelo link.

Ainda no dia 31, haverá também mais uma edição do programa “A Hora de Zumbá”. Veiculado por uma rádio-janela, a ideia é envolver a comunidade em uma experimentação social da comunicação, centrada no debate entre os diversos agentes que constituem o espaço de terreiro, principalmente os jovens.

Serviço
Programação em comemoração aos 10 anos do Instituto Nangetu. Entre os dias 30 de maio e 12 de junho. Local: Mansu Nangetu - Tv. Pirajá, 1194 – Marco. Contato: (91)3226759. Datas e horários específicos de cada atividade no blog do instituto.

fonte: http://g1.globo.com/pa/para/noticia/2014/05/instituto-de-cultura-africana-comemora-dez-anos-em-belem.html


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