segunda-feira, 8 de abril de 2013

Cursos Raizes Culturais: Cinemateca abre espaço para o audiovisual potiguar



Imagine um espaço onde qualquer interessado em cinema possa assistir ou pegar emprestado filmes potiguares. Imaginou? Essa ideia está prestes a sair do papel graças à iniciativa da videomaker e jornalista Maryland Brito, que dá os toques finais no projeto da Cinemateca Potiguar em andamento na unidade Cidade Alta do Instituto Federal do RN (IFRN). A criação do espaço coincide com a formatura da primeira turma do curso de Cinema da Universidade Potiguar (UnP), onde menos de um terço da turma original concluiu o curso. Os dois fatos, embora apontem em direções distintas, reaquecem a discussão em torno do audiovisual no Rio Grande do Norte.

Reprodução/DivulgaçãoCinemateca Potiguar, projeto em desenvolvimento no IFRN-Cidade Alta, abre espaço para produções audiovisuais com pretensões de se transformar em local para pesquisas, exibições e debates
Em linhas gerais, a Cinemateca Potiguar vai funcionar como uma videolocadora só de vídeos potiguares, onde qualquer pessoa interessada pode retirar os filmes, mediante cadastro e de forma gratuita. O espaço também funcionará como ponto de exibição e local de pesquisa. Para este último fim, uma pequena hemeroteca será montada no local, reunindo material publicado na imprensa sobre o audiovisual potiguar.

Maryland Brito explica que a ideia de criar o acervo de vídeos potiguares partiu da dispersão entre as pessoas que compõem o setor. “Em conversas com outros realizadores fui percebendo que nós mesmos, que militamos no audiovisual potiguar, desconhecemos muita coisa que se produz aqui no Estado”, disse. “A ideia é centralizar as informações para facilitar o acesso e promover a difusão”, explicou.

Mostra no MinC Nordeste

Para compor o acervo da Cinemateca Potiguar, Maryland Brito pede a colaboração dos próprios realizadores: os filmes podem ser entregues durante o horário comercial na chefia de gabinete do IFRN-Cidade Alta. No envelope, deve constar ficha técnica e quatro cópias do vídeo em formato DVD: uma para empréstimo, outra para exibição na Cinemateca e uma terceira para reserva técnica.

Adriano AbreuMaryland Brito, professora e idealizadora da Cinemateca Potiguar
A quarta cópia poderá ser enviada para a sede Nordeste do Ministério da Cultura, em Recife, onde uma mostra dedicada ao audiovisual norte-riograndense vem sendo articulada.

A oportunidade já pode ser considerada uma conquista da Cinemateca Potiguar. Ao saber sobre o processo de criação do espaço, o Minc Nordeste abriu dois meses de pauta em sua sede para exibição de vídeos potiguares. Em troca, a Cinemateca Potiguar receberá uma mostra de filmes pernambucanos.

“Temos até o final de abril para enviar uma lista com os filmes selecionados para a mostra. Já conseguimos o espaço, só falta o pessoal enviar os filmes”, pede Maryland Brito.

Público tem interesse

Como parte do projeto da Cinemateca Potiguar, uma pesquisa foi realizada entre espectadores de cinema para medir o interesse e conhecimento sobre a produção local. O resultado foi surpreendente: mais da metade dos entrevistados se mostrou interessada no cinema potiguar.

De um universo de 56 entrevistados, 43 disseram ter assistido filmes potiguares recentemente. Desses, 15 lembraram do nome dos filmes que assistiram – o documentário “Sangue do Barro” de Maryland Brito e Fabio DeSilva e o longa “Viva o Cinema Brasileiro”, de Buca Dantas foram os mais citados - fotos acima. Todos os entrevistados se disseram interessados em conhecer a produção cinematográfica potiguar.

A pesquisa foi feita pelo estudante de Produção Cultural do IFRN Cristiano Micussi, durante a edição 2012 do Goiamum Audiovisual e nas duas redes de cinema de Natal, nos horários de maior movimento. Micussi também conduziu uma pesquisa semelhante com realizadores potiguares, que elencaram algumas das principais dificuldades na produção. Captação de recursos, acesso à equipamentos e distribuição dos filmes foram os problemas mais citados.

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fonte: http://tribunadonorte.com.br/

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