segunda-feira, 13 de maio de 2013

Raizes Culturais: França pode cobrar 'taxa cultural' de grandes empresas de tecnologia

Governo vai decidir até o fim de julho se cria novo imposto.
Google, Apple e Amazon estão na mira de François Hollande.


Presidente da França, François Hollande discursa
para ministros no Palácio do Eliseu (Foto:
REUTERS / Bertrand Langlois)

O presidente da França, François Hollande, vai decidir até o final de julho se o país vai criar novos impostos para as grandes empresas de tecnologia, como Apple eGoogle para financiar projetos culturais.

O governo pediu ao presidente do antigo canal de TV público Canal Plus, Pierre Lescure, para encontrar novas formas de financiar a cultura durante crises econômicas, que estejam em linha com a tese de que esses projetos precisam ser protegidos de forças do mercado.

Apesar de estarem longe de se tornarem leis, as propostas podem intensificar a tensão entre a França e empresas do setor de tecnologia criada após o ministro da Indústria, Arnaud Montebourg, bloquear uma tentativa do Yahoo! de comprar uma participação majoritária no site de vídeos francês "Dailymotion".

O episódio retomou um debate sobre intervenção do Estado na economia, irritou a controladora francesa da companhia e expôs discórdia entre Montebourg e o ministro das Finanças, Pierre Moscovici, que negou ter aprovado a decisão.

O relatório de Lescure afirma que impostos sobre as vendas de smartphones e tablets, como os aparelhos da Apple os que usam o sistema Android, do Google, poderiam ajudar a financiar a cultura, pois os consumidores estão gastando mais dinheiro em dispositivos do que em conteúdo.

As taxas refletiriam tributos já pagos por telespectadores, emissoras de rádio e televisão e provedores de internet para financiar arte, cinema e música na França. Empresas como Google, Apple e Amazon.com não estão sujeitas a esses impostos.

"Empresas que produzem esses tablets precisam, no mínimo, contribuir com parte da receita de suas vendas para ajudar os autores", disse a ministra da Cultura, Aurelie Filipetti, a jornalistas.

O gabinete de Hollande afirmou que o presidente quer que os parlamentares avaliem as propostas com base no relatório de Lescure até setembro.

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fonte: globo.com

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